No próximo domingo, dia 21, é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Pesando nisso, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida explica mais sobre a síndrome, também conhecida como trissomia do 21, uma alteração genética que se dá por um erro na divisão celular, em que a pessoa com a síndrome possui 47 cromossomos, invés de 46, como os indivíduos que não apresentam a síndrome.
Ela é nomeada como uma síndrome, pois há presença de diversos sinais e sintomas, cujas principais características são olhos oblíquos (puxadinhos), rosto arredondado, mãos menores e comprometimento intelectual (deficiência intelectual).
O diagnóstico muitas vezes acontece ainda durante o período gestacional, através do ultrassom, que se chama translucência nucal, em que são feitas medidas que podem indicar ou não a síndrome no feto. Neste momento, alguns pais já recebem o diagnóstico e passam a pesquisar outras questões no feto, tais como avaliação dos órgãos do seu bebê, principalmente coração, já que algumas crianças com Síndrome de Down podem apresentar mal formações cardíacas. Também são indicados exames como cordocentese e amniocentese, para mulheres com idade superior a 35 anos ou mulheres com Síndrome de Down que engravidam. No decorrer da gestação o acompanhamento é feito através do obstetra e caso necessário há indicação de outros acompanhamentos.
No momento do nascimento do bebê, caso já se tenha o diagnóstico, o pediatra que acompanha faz uma avaliação específica da criança e também avalia os aspectos cardíacos do bebê, assim vendo a necessidade de um acompanhamento mais próximo ou mesmo encaminhamento a um cardiologista, se assim houver necessidade.
Quando não houver o diagnóstico na fase da gestação, intrauterino, o pediatra poderá fazê-lo na avaliação assim que a criança nascer e posteriormente solicitar exames para sua confirmação.
As pessoas com Síndrome de Down passam por avaliação com uma equipe multidisciplinar com: médicos – pediatras e geneticistas, cardiologistas, fisioterapeuta motor e respiratório, Terapeuta Ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo.
Em Capivari, a APAE é uma referência nos atendimentos de crianças e adultos com síndrome de down. A instituição conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais não médicos. A parte médica é acompanhada através dos postos de saúde, especialidades e em caso de não termos o profissional na rede, a criança pode ser encaminhada para acompanhamento em locais com os convênios estabelecidos com o município, como é o caso do AME.
“Há muito a se falar sobre as pessoas com síndrome de down, todavia, o que mais nos deixa feliz é saber, que hoje, elas estão incluídas na nossa sociedade, ocupando um espaço importante dentro das escolas, e nos ambientes de trabalho. Durante muitos anos, essas pessoas eram discriminadas e nomeadas com nomes pejorativos. Graças ao processo de inclusão nas escolas e do trabalha realizado por entidades como APAE e outras, a síndrome de down ocupa espaço com respeito em nossa sociedade”, explica a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Manuela Maschietto Gonçalves Albini.
Manuela completa afirmando que “ser diferente é normal, e que essas pessoas possuem um cromossomo a mais, o cromossomo do amor. Há muito a se fazer ainda, mas acreditamos estar no caminho certo. Gostaria de salientar que nossa Secretaria está aqui para orientar e auxiliar no que for preciso”, reforçou.
A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Capivari fica situada na Rua Constituição, número 123, atendendo também pelos telefones/whatsapp (19) 2145-1525 e (19) 3491-1314.