A dexametasona pode evitar uma de cada oito mortes entre os pacientes mais graves e salvar uma vida de cada 25 entre aqueles que recebem oxigênio
A Associação Brasileira de Infectologia recomenda a utilização do medicamento dexametasona em pacientes com dependência de respiradores e oxigênio. O município de Capivari já está utilizando o medicamento em seus pacientes confirmados com o Coronavírus.
No dia 8 de junho de 2020 foi realizado no Reino Unido um ensaio clínico Recovery com mais de 11.000 pacientes em 175 hospitais do país. Em todo ensaio há um comitê de especialistas independente, que revisa os dados provisórios e se encarrega de interrompê-lo caso se detecte que um medicamento possui benefícios, para que este comece a ser administrado imediatamente a todos os pacientes.
Segundo pesquisadores do Reino Unido a dexametasona pode evitar uma de cada oito mortes entre os pacientes mais graves e salvar uma vida de cada 25 entre aqueles que recebem oxigênio. Esses resultados ainda são preliminares, mas os responsáveis pelo trabalho disseram que em breve os publicarão em umas revistas científicas devidamente revisada por especialistas independentes.
Peter Horby, pesquisador da Universidade de Oxford e um dos coordenadores do estudo, ressalta que a dexametasona é a primeira droga que melhora a sobrevivência na covid-19. O pesquisador acrescenta que o medicamento é uma droga barata, está disponível e pode ser usada desde já para salvar vidas em todo o mundo.
DEXAMETASONA
A dexametasona foi descoberta em 1957, é uma droga bastante conhecida e barata. É um corticosteroide com efeitos anti-inflamatórios e um supressor da resposta imunológica que é usado contra fortes reações alérgicas e doenças autoimunes, como a artrite reumatoide. A Organização Mundial da Saúde (OMS) o considera um medicamento essencial para qualquer sistema de saúde.